Vigilância

Trabalhando a sensibilidade e a sexualidade

Sua sexualidade está muito ligada à sua sensibilidade

Deus deu a você muita sensibilidade. Você tem de ser sensível. Tem de ter uma sensibilidade muito aguçada, tem de expressá-la, tocando, apresentando-se, fazendo shows, cantando na liturgia, assumindo encontros. Não dá para você ser músico, tocando e cantando, sem pôr toda a sua sensibilidade para fora.

Quando termina um espetáculo, um show ou mesmo um encontro, a sua sensibilidade fica à flor da pele. No momento em que acaba o espetáculo, o encontro ou a celebração, a sua sensibilidade não cai como um pavio! Ela tem de esfriar, pouco a pouco. Muitas vezes, o “espetáculo” é simplesmente um encontro em que você canta e toca, é uma liturgia que você anima. O espetáculo acaba, e você, com a sensibilidade à tona, cai no vazio.

Sua sensibilidade está à flor da pele, não só a parte positiva, mas a sensibilidade com tudo aquilo que ela tem: marcas, feridas, cicatrizes e carências. 

Terminando um espetáculo, um show, um encontro, você volta para casa. Sua sensibilidade está acesa, carente. Você que é homem precisa de uma presença feminina que o acolha. Feliz o músico, o artista casado, que pode chegar em casa e encontrar sua esposa, ver seus filhos. O carinho deles é um alívio para a sua sensibilidade.

Você precisa de alguém! Talvez você não tenha consciência disto: precisa de alguém que o ame e preencha. Você que é homem precisa de uma mulher que o receba, que o acolha, que o afague, o envolva de carinho, que o nine como se o pegasse no colo. Você é um músico que acaba de sair de um espetáculo, com a sensibilidade à flor da pele; como uma criança carente do colo.

Feliz o músico casado que chega em casa logo! O mesmo se diga das jovens e mulheres músicas. Elas precisam da acolhida dos braços de um companheiro. Na viagem de carro ou de ônibus após uma apresentação, carente, você acaba “esticando o braço”, fazendo carícias, tocando o outro. Poderia dizer: “são todos cristão, todos irmãos, não tem nada demais, é só um carinho”. Só que você e a outra; você e o outro estão com a sensibilidade à flor da pele, carentes. Talvez você não pense assim e nem veja as coisas por esse lado: você não faz por mal. Talvez vocês até sejam namorados ou noivos. Só que, infelizmente, nessa hora a “coisa” vai fundo! A sensibilidade está à flor da pele! Às vezes, não são namorados, apenas companheiros de banda, de conjunto, cantaram, animaram e rezaram juntos… e aí surge a tentação.

Você trabalhou e fez o melhor para Deus. O diabo está enraivecido porque você foi veículo de Deus para a conversão de pessoas, tirou-as de uma sexualidade errada, tirou-as da “fossa”, do homossexualismo… O inimigo vem com tudo e você nem percebe que a tentação entrou por aí. Ela não veio agressiva, mas mansa. A tentação veio pela sua sensibilidade carente e o levou longe. Quantas vezes as pessoas de um conjunto, meninos e meninas, se envolvem até mesmo sexualmente…

Não estou levando as coisas para um lado negativo, nem estou colocando malícia em tudo. Estou simplesmente sendo realista. Bem pé no chão.

Você é gente. Tem carne, sangue, sensibilidade… É homem. É mulher. Tem carências. E quando o espetáculo termina, você e os demais estão com a sensibilidade à flor da pele. Sua sexualidade está muito ligada à sua sensibilidade. Num show, numa apresentação, na animação de um grupo, você coloca a sensibilidade para fora, a serviço do Senhor. Com isso, a sua sexualidade vem junto. Uma puxa a outra. Ou nos consagramos ao Senhor e dizemos: “Ou santos, ou nada” vivendo a castidade ou somos pegos e derrubados pelo inimigo.

 Trecho retirado do livro: Músicos em ordem de batalha

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