Até o enfermo diga: “Eu sou guerreiro” – Juninho Cassimiro
“Quando se é cristão não se para de lutar até chegar ao céu.” E até o céu, vamos ter que fazer muitas coisas. Quando se é cristão, não se para de pregar até chegar ao céu, porque, lá no céu, não vai precisar de pregação. Não se para de interceder até chegar ao céu, porque, lá no céu, não vai precisar de intercessão. Não se para de ministrar a oração por cura e libertação até chegar ao céu, porque, lá no céu, não precisa mais de cura nem de libertação.
Agora irmãos, só uma correção, quando se é cristão canta-se por toda a eternidade. O nosso ministério nunca acaba. Esse ministério ao qual você foi chamado, o ministério de música, o ministério de louvor é o ministério da eternidade. Nós vamos cantar lá no céu. Aqui, é só um ensaio, mas lá no céu vai ser o nosso melhor canto, a nossa melhor canção. Esse é o ministério para o qual você foi chamado. O canto de verdade é no céu.
Bendito seja Deus pelo seu chamado! Bendito seja Deus pela sua música e pelo seu louvor! O grande motivo, o grande chamado vai ser a hora em que você estiver diante do trono e poder exercer, de verdade, o seu chamado, que é cantar para o Rei dos reis, o Senhor dos senhores.
Vamos aprofundar essa visão de guerreiro, que já foi trabalhada e falada várias vezes ao nosso coração. O Senhor, através do profeta Joel, convoca os guerreiros. O povo de Deus foi dispersado. E nós constatamos isso hoje também entre os músicos. Quantos foram embora! Quantos desistiram! Quantos não voltaram mais! O Senhor vai dizer também que a Terra estava dividida. Se você pensa que hoje a divisão no nosso país é só política, você está enganado. A política é só um reflexo do que está acontecendo dentro de nossas famílias, dentro dos nossos grupos, onde existe divisão.
Rifaram o povo de Deus. Roubaram, surrupiaram. E com isso Deus vai dizer: “Declarai guerra! Chamai os valentes! Que até o enfermo diga: ‘Eu sou guerreiro!'”. Existe uma convocação da parte de Deus, especial e especificamente para nós músicos. O Senhor nos convoca para a guerra.
Irmãos, eu me lembro que, nos acampamentos da Canção Nova, padre Jonas falava muito que, na guerra, somos a ponta da lança, somos aqueles que estão sempre à frente, prontos para morrer. Os músicos iam à frente, cada um, um guerreiro, pronto para a guerra. O Senhor nos convoca a assumir o nosso posto novamente.
E irmãos, para a guerra não pode ir “gente mole”. Se for mole, é presa fácil. É preciso convocar os valentes. É preciso ser forte, revestir-se. Porém, nesse tempo em que houve grande esfriamento e sobraram tão poucos, como vamos convocar? Aonde vai chegar essa convocação? No ouvido de quem vai chegar a convocação, se tantos estão dispersos?
Sejamos muito honestos. Todos nós temos medo. E esse medo pode significar muitas coisas para nós, porque muitos de nós, quando veem que a missão começa a exigir a ponto de ter que gastar mais da nossa vida, sentem que estão perdendo tempo, perdendo a vida, perdendo a juventude. Você começa a colocar em uma balança, preocupado com o que está ganhando e o que está perdendo. E então você se isola.
Quantos foram usados por Deus, realizaram prodígios, e você olha para a vida desse irmão, e ele está totalmente afastado, sozinho, isolado. Já não quer mais saber de nada! Não é de assustar, irmãos? O que aconteceu com o povo de Deus? O que aconteceu com esse profeta que fugiu e não quer mais nada? Que desistiu de ser guerreiro! Nós ficamos inconformados ao ver essa situação.
E vamos olhar, agora, para uma das doenças mais perigosas – se não a mais perigosa – da alma para um cristão. Uma doença que abrange todos nós, e todos nós corremos esse risco de nos afundar na doença chamada tibieza. Não sei se você lembra, mas, em Apocalipse, fala que você precisa ser quente ou frio, que não seja morno, pois se for morno, o Senhor vai vomitá-lo.
A pessoa que está vivendo a tibieza está dentro, está participando, mas não tem mais fervor, não tem mais amor. Apenas vai no embalo de uma rotina. E o pior, vai se acostumando com os pequenos pecados. É como se não ferisse mais. Meu pai falava “Cuidado com o demônio!”. O que é que tem? Essa é a fala daqueles que estão vivendo a tibieza. “O que é que tem? Só um pouquinho!”. Já não se importa mais.
Santo Afonso nos fala que há pecados inevitáveis, mas também há pecados evitáveis que nós não estamos evitando. Mentiras voluntárias, pequenas murmurações, ressentimentos de palavras, zombarias do próximo, palavras picantes, discursos de estima própria.
Como caímos no pecado de falar sobre nós mesmos, na vaidade de querer mostrar o que fazemos! Você foi e fez uma boa obra, aí ninguém comenta. E você começa a puxar o assunto, perguntando se alguém viu, o que achou. E você começa a falar tudo o que você fez. O desejo de ser aplaudido. Você está num show, canta uma música e ninguém aplaude. Aí você apela: “Palmas para Jesus!”. Porque você está acostumado com aplausos.
Santa Teresa afirma que, por meio de coisas pequenas, o diabo abre buracos para coisas grandes. Olha o perigo da tibieza. Aquilo que não é tão grave já não assusta. E a gente se acostuma, passa a achar tudo muito normal. Não se arrepende mais das coisas. Existe uma convocação para uma guerra, e você está acostumado com essa vida morna. É preciso clamar hoje, ainda hoje, o milagre de Deus na sua vida.
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