Temos vários estilos musicais que também são usados na Igreja
A música é dom de Deus por excelência, e Ele é o primeiro maestro, músico e compositor. Por isso quando arranjamos, compomos, ou tocamos uma música para Deus com o coração entregue a Ele, colocando-O no centro de nossa música, mas principalmente no centro de nossa vida, podemos fazê-lo em qualquer estilo musical.
Temos vários estilos dentro da música católica: Pop rock, rock, baladas, soul, forró, samba, entre outros, que também são usados na Igreja por uma questão cultural. Mas acima disso, Deus quer se utilizar sim, dos diversos estilos musicais, para que através deles nós possamos ser levados a contemplar verdadeiramente a Sua glória.
Precisamos, também, pedir a Deus sabedoria e o discernimento necessários para não causarmos intrigas, escândalos e divisões com a música que queremos evangelizar.
Em cada paróquia, existe uma realidade diferente de grupo de oração ou de jovens. Isso também precisa ser levado em consideração quando se pensa em “inovar” através de estilos musicais diferentes.
Um grupo de oração, por exemplo, que durante muitos anos na música se dispunha apenas de um violão, teclado e voz, pode sofrer um grande choque se de uma hora para outra se juntar ali uma bateria acústica, baixo e guitarra com distorção, fazendo as músicas de animação do grupo em estilo heavy metal. Isso pode acabar com um grupo de oração.
Se o Espírito Santo coloca em nosso coração que precisam haver mudanças na música, ou uma diversidade maior nos estilos musicais, essas mudanças precisam acontecer com sabedoria e discernimento, na moção do Espírito, e de maneira compassiva, para evitar que o povo de Deus se sinta agredido ou escandalizado.
Quando ouvimos diferentes estilos de música, estes devem ser de qualidade
E a qualidade que quero expressar aqui, não é simplesmente a qualidade técnica ou instrumental, mas o conteúdo que é passado através da letra dessa música, bem como a intenção que o compositor expressou ao escrever, cantar, ou tocar sua música.
Nós, cristãos, não podemos ficar ouvindo música de qualquer maneira. Precisamos discernir e optar por aquilo que é verdadeiramente bom.
Deus se utiliza da música na Igreja para que possamos estar cada vez mais em íntima união com Ele, e também para nos deixar mais dispostos a cumprir a Sua vontade em nossa vida.
A melodia, harmonia, ritmo e colorido instrumental que são expressados nos estilos musicais, atuam respectivamente em nossos níveis humanos que são: nível emocional, racional, físico e moral. Da mesma forma esses elementos nos preenchem respectivamente em nossos temperamentos humanos, sendo eles: Melancólico, fleumático, sanguíneo e colérico.
Deus quer se utilizar desses estilos para, através do Seu Espírito, equilibrar nossos temperamentos, conduzir nossos sentimentos, e equilibrar nossas emoções.
Enfim, quero deixar uma passagem de Filipenses, onde essa palavra se torna uma luz que clareia a nossa mente e nos leva a uma verdadeira compreensão daquilo que Deus deseja de nós e de nossa música a serviço da evangelização:
“Além disso, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, tudo o que é virtuoso e louvável, eis o que deve ocupar vossos pensamentos. O que aprendestes, recebestes, ouvistes e observastes em mim, isto praticai, e o Deus da paz estará convosco”. (Filp 4,8-9)
Lucas Santos – Ministério de música Canção Nova
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