Emanuel Stênio e Gabrielle Sanchotene falam sobre um amor em que se cresce junto
O que o inimigo mais quer é destruir as famílias, por isso, como católicos, como cristãos, levantamos até o fim a bandeira de formar famílias novas. A Canção Nova tem a missão de formar homens e mulheres novas para o mundo novo, e só se faz isso a partir de famílias construídas em Deus.
Nós vamos falar sobre um amor em que se cresce junto. É um caminho, por isso nós vamos entender o que é o amor e como ele cresce. Para você que é casado, ou que está em expectativa, se preparando para o casamento. Bom, quando a gente se casa, o amor precisa crescer, se ele vai diminuindo há consequências – o divórcio, o adultério, a indiferença dentro de casa – e com isso a não construção de uma família.
Para que a gente compreenda o que é esse amor que cresce é preciso entender o que é o amor. Estamos vivendo em um mundo tão relativista que hoje é preciso convencer as pessoas de que verde é verde. E nessa sociedade uma mentira que é contada várias vezes se torna uma verdade. Essa mentira disfarçada de verdade é a visão que se tem do amor, passada pelas novelas, filmes, propagandas. E nós vamos deixando que isso conduza a nossa vida.
É preciso conhecer e experimentar. Fazemos parte de uma geração que não foi formada para ser pais, para casar. Nós fomos formados para conquistar o nosso lugar. Para fazer faculdade, ganhar dinheiro, viajar, e – se tiver uma família – ter no máximo dois filhos. Não fomos criados para gerar filhos para Deus. E nos esquecemos das coisas do céu.
Começamos um relacionamento sem saber de fato que é o amor. Sem diferenciar a paixão, a atração, o desejo. Amor é doação. Uma aliança de amor é capaz de abraçar a dor. De não desistir do relacionamento. Esse amor ágape, foi vivido na cruz. Deus disse isso para nós. Estava doendo, mas Ele não desistiu de nós. Deus quis que experimentássemos o amor sublime. Que nega a si mesmo. O que é amar se não vencer-se todos os dias.
O amor não é um sentimento. É uma ação, é um verbo. Tudo suporta, é paciente, é prestativo. Não é invejoso, não ostenta, não se incha de orgulho. Ele sai de si e não procura o seu próprio interesse. Não se irrita nem guarda rancor. São atitudes. E não há uma varinha mágica para nos dar isso. Isso tudo requer de nós conhecimento e exercício. E o melhor lugar para praticar isso é no casamento, onde somos colocados à prova todos os dias para viver esse amor.
O maior inimigo do amor é o egoísmo, porque eu estou olhando simplesmente para mim e não para o nós. O contrário do amor não é o ódio, é o egoísmo. Deus nos criou para o amor, Ele é a fonte desse amor, então precisamos beber dessa fonte. O amor pode sim começar com a atração física, um desejo, mas isso não é suficiente. Crescer no amor não é ter mais fogo na relação. Há alguns pontos que podem nos ajudar quando e como esse amor cresce. Primeiro, quando Deus é o centro. Quando eu hierarquizo, primeiro Deus, depois o esposo, depois os filhos e por fim as coisas.
É preciso encontrar tempo para estar com Deus. Assim que acorda, estar com Deus, entregar o dia a Ele. Se organizar para estar com a palavra, com os Salmos. E depois de Deus, para aqueles que são casados, que possuem o sacramento de maior símbolo do amor – o matrimônio – o segundo ponto é o esposo.
Os filhos precisam ver que há um cuidado mútuo entre os pais, porque é desse amor em que se cresce junto que eles são nutridos. Cozinhar para o marido; ajudar a esposa nas tarefas de casa. Se a sua família não vai bem é porque está faltando esse amor em casa.
Quando vem os filhos esse amor transborda. Não há espaço para mais nenhum egoísmo. É preciso ter tempo para os filhos. Quando você ordena a sua vida, você caminha para o crescimento. Em primeiro lugar Deus, rezar, participar da Santa Missa, ouvir pregações, rezar em família. Em segundo lugar o marido, então os filhos e por fim as outras coisas.
Outros pontos importantes são conhecer um ao outro, para entender as linguagens do amor e os temperamentos. Se seu cônjuge se sente amado com palavras, diga o que sente, elogie. Se gosta de atitudes, ajuda em casa, presentes, se esforce para dar isso. Descubra o que faz o outro se sentir amado, aprenda a forma de amá-lo. Conhecer os limites, os defeitos. Conhecer faz com que amemos mais.
É preciso também cultivar o tempo a sós. Conversar, ver um filme, fazer um lanche. Respeitar o outro, um amor em que se cresce junto através das diferenças. Saber que um é Jesus para o outro dentro de casa. Saber que você precisa levar o seu cônjuge para o céu.
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