Misericórdia, acorde infinito de Deus

Se nos aprofundarmos na história da música, vamos constatar que a música mundial, que hoje conhecemos, cresceu em mosteiros, na Igreja Católica: a partitura, os nomes das notas, os acordes, o canto polifônico com várias vozes diferentes. E foi um monge beneditino, Guido d’Arezzo, que se inspirou nas letras iniciais dos sete versos da estrofe de um hino a São João Batista para dar nome a cada nota que hoje conhecemos: Ut, Re, Mi, Fa, Sol, La, Si. Mais tarde “Ut” se tornou “Do”, pela facilidade de pronúncia.

Bom, todo músico estudado sabe dessas coisas e, com certeza, já ouviu falar da comparação entre a Trindade Santa e a Formação de Acordes, tema de estudo no qual aprendemos que há acorde formado por três notas. Até aqui já seria incrível comparar a Trindade com música, visto que ambas geram harmonia.

Agora, falando da Trindade, quem também se interessa em se aprofundar nas coisas de Deus e conhecê-Lo, sabe que Ele se derrama em amor de Pai quando envia Seu único Filho para nos salvar. Jesus, o Filho, se derrama em amor nos dando vida na Cruz. E o Espírito Santo, que é o amor entre o Pai e o Filho, é derramado em nossos corações (Rm 5, 5)… E, consequentemente, nos dá os dons! Ou seja, da mesma forma que a harmonia das três notas gera maravilhas às nossas vidas, a vivência da Trindade nos gera vida plena.

Mas o que tudo isso diz ao seu coração de músico? O que a história diz a você? Seria coincidência essa relação com os números perfeitos das Sagradas Escrituras? Três notas de um mesmo acorde. Sete notas musicais BATIZADAS com palavras tiradas de um hino a São João BATISTA.

Impossível estudar música sem encontrar o Grande Autor. Impossível não perceber que tudo o que Ele fez é para conviver conosco.

A cada harmonia ouvida e vivida, a Misericórdia Divina nos alcança.

 

Walmir Alencar

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