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Compensa usar simuladores de guitarra?

Nos últimos anos, os simuladores de amplificadores e efeitos de guitarras têm conseguido cada vez mais destaque no mundo dos estúdios. Hoje, o profissional de áudio e o músico dispõem de uma variada gama de plugins, que lhes permitem escolher entre os mais tradicionais e famosos amplificadores e efeitos, combinando-os à vontade.

Por mais versatilidade que isso proporcione, muitas pessoas, principalmente os guitarristas, reclamam da qualidade dos simuladores e alegam que esses não conseguem substituir o som de um bom amplificador verdadeiro. Vamos refletir um pouco sobre o que há de concreto nesse assunto?

Usar_simuladores_compensa

Primeiramente, vamos deixar claro algo fundamental: não há nada que substitua a experiência de tocar uma guitarra a dois metros de distância do amplificador, que despeja 100 Watts na sala. É algo único. Porém, não é essa experiência que é registrada no CD. O que é gravado é a saída dos microfones que estão captando o som do amplificador. Um ouvinte isento vai perceber que o som escutado dentro da técnica é bem diferente daquele que é obtido ao lado do amplificador.

Por essa razão, se a pessoa compara o amplificador ao simulador, precisa fazê-lo em condições iguais, isto é, para a gravação, o mais importante não é o som que está sendo emitido lá na sala de gravação, e sim aquele que está sendo reproduzido pelos microfones e registrado pelo software. Se os comparamos dessa forma, vamos ver que os simuladores são extremamente competentes no que fazem.

Para começar, os simuladores são modelados a partir de amplificadores únicos por sua sonoridade, além de excepcionalmente bem mantidos, ou seja, quem fez o modelamento escolheu o melhor amplificador daquele modelo disponível. Então, a chance do nosso amplificador apresentar tal grau de qualidade já será difícil.

Outro ponto importante a ser observado é a versatilidade e o poder de processamento. Quantas pessoas conseguem vários bons amplificadores para gravar? Isso é até possível, mas geralmente é caro, demorado e trabalhoso. Em um simulador pode-se combinar o som de vários amplificadores diferentes e, também, conseguir coisas que o amplificador original sampleado seria incapaz de fazer.

Assim, mesmo que você disponha de um excelente amplificador, em perfeito estado, captado com bons microfones em uma sala muito boa, você tem apenas um kit de trabalho e uma gama limitada de sonoridades. Supondo que um simulador consiga recriar, em software, essa mesma situação, mesmo que com uma ligeira variação sonora, o fato de você poder mexer à vontade nessa sonoridade é um recurso extremamente atraente.

Mas nem tudo são flores… Os simuladores soam tão bem que as pessoas acabam se sentindo contentes em usar seus presets, sem que tentem desenvolver uma personalidade. Como hoje em dia muita gente possui os simuladores, o som produzido acaba soando igual ao de todo o mundo. Usar um simulador apenas nos presets, sem pesquisar a sonoridade e sem passar certo tempo montando o timbre adequado, apesar de funcionar, não explora todas as possibilidades criativas.

Desse modo, usar simuladores como o Amplitube, Waves Guitar e Guitar Rig pode dar excelentes resultados, desde que estejamos dispostos a trabalhar para conseguir timbres que nos deem a individualidade desejada no meio de tantas pessoas tendo acesso às mesmas ferramentas.

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