Entenda

O que o Missal Romano fala sobre os cantos litúrgicos

Fábio Roniel trás instruções do Missal Romano para os cantos litúrgicos

“O Apóstolo Paulo aconselha os fiéis, que se reúnem em assembleia para aguardar a vinda do Senhor, a cantarem juntos salmos, hinos e cânticos espirituais (Cl 3, 16), pois o canto constitui um sinal de alegria do coração (At 2, 46). Por isso, dizia com razão Santo Agostinho: “Cantar é próprio de quem ama”, e há um provérbio antigo que afirma: “Quem canta bem, reza duas vezes”.

Portanto, dê-se grande valor ao uso do canto na celebração da Missa, tendo em vista a índole dos povos e as possibilidades de cada assembleia litúrgica. Ainda que não seja necessário cantar sempre todos os textos de per si destinados ao canto, por exemplo nas Missas dos dias de semana, deve-se zelar para que não falte o canto dos ministros e do povo nas celebrações dos domingos e festas de preceito.

Para os cantos do ordinário da Missa as músicas devem ser com o texto que já vem proposto no Missal, ficando a possibilidade de composição da letra somente para os cantos de entrada, procissão das ofertas e comunhão.

O que o Missal Romano fala sobre os cantos litúrgicos

Entrada:

O cântico de entrada é executado alternadamente pela schola [coro] e pelo povo, ou por um cantor alternando com o povo, ou por toda a assembleia em conjunto, ou somente pela schola. Pode utilizar-se ou a antífona com o respectivo salmo que vem no Gradual Romano ou no Gradual simples, ou outro cântico apropriado à ação sagrada ou ao caráter do dia ou do tempo”. (Instrução Geral do Missal Romano, 48)

Ato Penitencial:

“É realizado por toda a assembleia através de uma fórmula de confissão geral, e concluído pela absolvição do sacerdote, absolvição que, contudo, não possui a eficácia do sacramento da penitência. Aos domingos, particularmente, no tempo pascal, em lugar do ato penitencial de costume, pode-se fazer, por vezes, a bênção e aspersão da água em recordação do batismo” [id. 56].

Glória a Deus nas Alturas:

“O Glória é um hino antiquíssimo e venerável, pelo qual a Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus Pai e ao Cordeiro. O texto deste hino não pode ser substituído por outro. Entoado pelo sacerdote ou, se for o caso, pelo cantor ou o grupo de cantores, é cantado por toda a assembleia, ou pelo povo que o alterna com o grupo de cantores ou pelo próprio grupo de cantores. Se não for cantado, deve ser recitado por todos juntos ou por dois coros dialogando entre si.

É cantado ou recitado aos domingos, exceto no tempo do Advento e da Quaresma, nas solenidades e festas e ainda em celebrações especiais mais solenes”.

Ofertório:

“A procissão em que se levam os dons é acompanhada do cântico do ofertório (n. 37), que se prolonga pelo menos até que os dons tenham sido depostos sobre o altar. As normas para a execução deste cântico são idênticas às que foram dadas para o cântico de entrada” (n. 48). (Instrução Geral do Missal Romano, 74).

Comunhão:

“Enquanto o sacerdote toma o Sacramento, dá-se início ao cântico da Comunhão, que deve exprimir, com a unidade das vozes, a união espiritual dos comungantes, manifestar a alegria do coração e realçar melhor o caráter «comunitário» da procissão daqueles que vão receber a Eucaristia. O cântico prolonga-se enquanto se ministra aos fiéis o Sacramento. Se se canta um hino depois da Comunhão, o cântico da Comunhão deve terminar a tempo.” (Instrução Geral do Missal Romano, 86).

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