A Experiência da composição em minha vida!
O dom da composição em mim é fruto do Espírito Santo. A música sempre foi um poderoso instrumento para me conduzir a Deus. Ela é uma porta para adentrar nos átrios do Senhor na minha oração pessoal, nas celebrações eucarísticas, nos encontros de evangelização.
Ao receber o Sacramento da Crisma em 1995, pedi a Deus que me concedesse dons úteis para evangelização. Alguns dias depois, percebi na minha mente um cântico novo em processo de composição “Só Jesus”. Apliquei-me a decorar, escrever, gravar num K7 tendo a dificuldade de reproduzir com a voz, o que escutava no meu interior. Depois desta vieram inúmeras, letra e melodia, algumas gravadas em CD: Deixa-se invadir, Esconderijo, Grito Silencioso (sobre aborto), Jesus meu Grande amor, Graça e Poder, Há alguém por ti, Abandonar-me, Mesmo sem entender e a mais conhecida, interpretada por Eliana Ribeiro e melodia Fabio Roniel: “Ao Teu Encontro”.
Há diversidade de dons, de ministérios, de operações. (1 Coríntios 12,4-6).
Componho; não canto nem sou instrumentista
Como não canto e nem toco, transmito as músicas como um diamante bruto, que precisa ser lapidado pelos interpretes e instrumentalistas. Obrigada, Flávia Andréa, por dar voz e vida a maioria delas.
As composições surgem de várias fontes, é um mergulho em mim, no que em mim habita. Seja na oração pessoal, desertos, adoração, estudo bíblico, na intercessão por alguém ou por um evento. Em variados lugares: quarto, capela, trabalho, ônibus e ate lavando um tênis.
Aprendendo a canalizar o dom
Certa vez, ouvi do Monsenhor Jonas Abib que meu dom da composição era como um rio não canalizado, e por isso muita água era desperdiçada. Por obediência, acolhi a decisão do Conselho da Canção Nova em fazer o Conservatório de Musica. Foi um tempo difícil! Minha falta de coordenação motora para todos os instrumentos e uma fenda na corda vocal me impedia de alcançar as algumas notas musicais, ao menor esforço dor na garganta e rouquidão.
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Resumindo: por mais que me esforçasse e reconhecesse a importância de estudar música, para mim o Conservatório complicava o que era tão simples e natural: compor.
Com o passar do tempo, o constrangimento de ouvir outros cantando uma música minha deu lugar a gratidão a Deus por utilizar tão insuficiente instrumento na evangelização de outros. Não tenho mais a preocupação por não cantar ou tocar, os dons são diversos e se complementam. É Deus que opera tudo em todos e a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. (1 Coríntios 12,6-7)
Kátia Simone Gomes