Como a história do Titanic faz refletir a vida do músico
A Canção Nova sedia, de 10 a 12 de março, o Acampamento para músicos. Será um tempo propício para falarmos de música, de músico, instrumentos e histórias de músicos.
Por falar em história de músicos, lembrei-me da história dos músicos que animavam os passageiros do navio Titanic. No meio deles, havia um xará meu. Esse cara entrou para a história com o tamanho da sua musicalidade direcionada ao bem.
Primeiro, um pouco da história do Titanic. Ele foi um transatlântico construído nos estaleiros de uma empresa especializada, na cidade de Belfast, Irlanda do Norte. Sua viagem inaugural foi em 1912. Na noite de 14 de abril , entre Southampton, na Inglaterra, e Nova York, nos Estados Unidos, chocou-se com um iceberg no Oceano Atlântico e afundou duas horas e quarenta minutos depois, na madrugada do dia 15 de abril.
Na época, era o maior navio de passageiros do mundo. A bordo do Titanic, estavam 2.240 pessoas, e o naufrágio provocou a morte de 1.517. Até hoje, a tragédia é apontada como a maior catástrofe marítima de todos os tempos.
O possante Titanic tinha as mais avançadas tecnologias disponíveis da época, e foi popularmente referenciado como “inafundável”.
Quero, no entanto, atentar-me aos músicos daquele navio. Conta a história que à bordo do transatlântico havia uma banda liderada pelo violonista Wallace Hartley, que animava aquela fatídica noite. Quando o navio começou a afundar, o pânico tomou conta dos passageiros e da tripulação. Pensaram em todo o tipo de status, pensaram em toda tecnologia, mas não pensaram em conferir o número de botes suficientes, não pensaram na possibilidade de o navio afundar, não pensaram na preciosidade que era a vida de cada pessoa naquela embarcação.
Quando damos espaço para a vaidade, damos também espaço ao egoísmo. Pensamos apenas nos elogios e atropelamos qualquer possibilidade de algo não dar certo. Foi então que meu “xará” pediu à banda que continuasse a música. Percebeu que não adiantava competir com tantos desesperados que queriam salvar as próprias vida em tão poucos botes.
Wallace Hartley empunhou seu instrumento e conduziu a mais bem executada e última canção. “Mais perto quero estar de Ti, Senhor!”, uma canção evangélica que se tornou um clássico em todo o mundo. Tudo para tentar amenizar a dor dos outros e vencer o medo da morte. Foi com esse violino da foto que o músico escreveu sua história. Combateu o bom combate. Os acordes só silenciaram quando o violino mergulhou junto com o músico e toda a banda, nas águas geladas daquele mar de desespero.
Monsenhor Jonas Abib, em uma de suas palestras, disse que a Canção Nova será a banda do fim dos tempos. Seremos nós que cantaremos a nova canção, para darmos coragem, retirar o desespero e vencer a morte.
Encontre seu violino, sua guitarra, seu violão ou bateria e comece a tocar. Tocar sem parar, porque o fim dos tempos se aproxima! Aproveite esse Acampamento para Músicos para retomar sua musicalidade. Esperamos você com a alegria que só a música de Deus pode nos dar. Boa missão!
https://youtu.be/oFveW6rxDkc