LITURGIA

Ensinamentos de São Bento para os artistas

No dia 11 de julho celebra-se a memória de São Bento. Esse santo viveu entre os séculos V e VI; era filho de um nobre romano; chegou a estudar retórica e filosofia em Roma. Desiludido com o estilo de vida decadente daquela cidade, retirou-se para uma gruta em Enfide (atual Affile), a fim de viver como eremita.

Ao longo dos anos, a sua fama de homem sábio e santo se espalhou e, com tantos discípulos, fundou diversos mosteiros, a partir da sua própria experiência.

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Playlist inspirada em São Bento

E já que estamos falando de São Bento, curta a playlist musical com músicas em  devoção a São Bento. O álbum “A Cruz Sagrada Seja Minha Luz” conta, também, com quatro canções de intercessão e clamor divino. 

O intuito das canções é o de levar as pessoas a uma experiência de oração a partir do louvor que cura e liberta das cadeias do mal. Que a Cruz Sagrada seja a nossa Luz para iluminar as trevas da nossa história e fazer prevalecer à luz de Cristo em nós. 

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São Bento e os artistas

O verdadeiro artista cristão, que faz da sua arte expressão e lugar de crescimento espiritual, deve exercitar a humildade de reconhecer que nada possui que não lhe seja dado por Deus.

E se não O reconhece melhor, que a sua arte se cale em vez de corromper a si mesmo ou aos outros irmãos com a moeda da vaidade.

Novamente, chama-me a atenção a presença atenta e respeitada do abade, aquele que determina quando a arte deve ser executada e quando deve ser silenciada.

Esse fundamento da obediência é algo distante do nosso mundo, onde o determinismo do “eu” configura as nossas realizações. Numa contestação de tudo e de todos.

Se, dentre os trabalhos dos artistas, alguma coisa deve ser vendida, cuidem aqueles por cujas mãos devem passar essas coisas de não ousar cometer alguma fraude. Lembrem-se de Ananias e Safira, para que a mesma morte que esses mereceram no corpo, não venham a sofrer na alma aqueles e todos os que cometeram alguma fraude com os bens do mosteiro.

São Bento preocupava-se com a comercialização da arte e as dificuldades que podem advir desse processo, visto que, pode despertar as paixões e fragilidades humanas em quem a exerce.

Ele não impede a comercialização, mas se preocupa, principalmente que em tudo haja justiça e que não se perca a alma (e a santidade) daqueles que desempenham essa tarefa.

“Quanto aos próprios preços, que não se insinue o mal da avareza, mas venda-se sempre um pouco mais barato do que pode ser vendido pelos seculares, para que em tudo seja Deus glorificado”.

Glorificação de Deus por meio do artista

O santo admite que comercializar uma obra de arte realizada dentro do mosteiro é algo possível e bom. Que não necessariamente traz prejuízo à fé ou à comunidade. Mas não quer avareza, sede de lucro que desperte paixões pelo dinheiro.

Ele mesmo propõe que se venda sempre “um pouco” abaixo do mercado. Ainda que “um pouco” não signifique desvalorizar o que se artisticamente realiza. São Bento termina retomando a citação da epístola de São Pedro: em tudo seja Deus glorificado.

Não há mal nenhum no ofício artístico, nem na sua comercialização, mas que tudo aponte para a grandeza de Deus e que Ele seja reconhecido sempre como o verdadeiro autor das nossas vidas e o Senhor de todos os nossos dons.

 

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Extraído do livro “Quem Canta Reza Duas Vezes”. 

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