Se Deus não tiver a ti, a Ele, não interessa a sua música

Deus, nosso pai, é o primogênito de toda criação. Ele é, e isso já bastaria para passarmos todos os minutos e segundos das nossas vidas prostrados aos seus pés, em adoração. Está escrito: “Nele foram criadas as coisas no céu e na terra, as criaturas visíveis e invisíveis. […] Tudo foi criado por Ele e para Ele. Ele existe antes de todas as coisas e todas as coisas subsistem nele”. 

Ele é. E isso basta! Digno de louvor e adoração é o Senhor. E o Pai procura verdadeiros adoradores que o adorem em espírito e em verdade. E a adoração, meus irmãos, é fruto de uma verdadeira conversão. Eu quero e eu preciso de uma verdadeira conversão. 

Um canto novo só pode brotar do coração de homens novos, não infalíveis, porque ninguém é perfeito, afinal, até o justo peca sete vezes sobre a terra todos os dias. Estamos falando de homens que voltaram o seu rosto e o seu olhar para Deus e, insistentemente, dia após dia, fazem um caminho de busca constante para estar na presença d’Ele. E estar na presença de Deus pressupõe santidade. Busca de santidade, de sermos lavados, constantemente, no Sangue Preciosíssimo de Jesus, para nos apresentarmos santos e inculpáveis, como diz São Paulo, e irrepreensíveis na sua presença. Por isso, nos aproximemos com fé do trono da graça do Rei, porque é Ele que nos faz verdadeiros adoradores. A maior e a mais poderosa adoração tem nome: é Jesus, que se sacrifica na cruz por nós na Celebração Eucarística, a missa! Essa é, por excelência, a maior e mais eficaz de todas as adorações que podemos fazer porque o sacrifício de Jesus é a adoração perfeita, que se oferece em nosso lugar na Cruz – porque a cruz não era d’Ele, era nossa, Ele não a merecia, nós, sim. A entrega de Jesus ao Pai, foi a oferta que Ele fez para que vivêssemos. 

Enquanto ministros de música, vamos com nosso ministério à missa, reunindo o povo aos pés do altar, em torno da Cruz de Cristo, lugar de sacrifício. E vamos trazer o povo todo ao redor do altar com a nossa canção. Vamos conduzindo o povo com o nosso jeitinho de cantar, com os nossos instrumentos, por mais simples que sejam; com os nossos microfones dando interferência – microfonias que nós bem conhecemos -, mas ainda assim, com todo o esforço, foco e decisão interior. Aproximemo-nos todos, com fé, do trono da graça do Rei Jesus, para adorarmos com toda a eficácia o Deus dos deuses, o Senhor dos senhores; o Senhor de todas as coisas. 

Ah, irmãos, a adoração verdadeira pressupõe sacrifício. Una o seu sacrifício ao sacrifício de Cristo. Domingos e domingos, sem falhar, na missa, cantando na missa. E que preço pagamos? Quantos ministérios invisíveis sem ninguém saber que existem. Zelosos! Bendito seja o ministério que Deus me confiou, porque ele é maravilhoso, porque provoca as pessoas a uma intimidade. A adoração pressupõe intimidade, pressupõe conhecer a Deus e amá-lo.

Já diz o Evangelho, “aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, este é o que me ama”. Com essa frase podemos resumir tudo. E aquele que me ama será amado por meu Pai. Na adoração, meus irmãos, Deus se manifesta a nós; Deus se faz presente, Deus é Emanuel, Deus é conosco. 

Uma passagem que muito me chama atenção é aquela em que Nicodemos se encontra com Jesus, às escondidas. E ele já chega fazendo elogios, aos quais Jesus responde que quem não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus. Para Jesus não interessam esses elogios. 

Músicos, irmãos, caríssimos, se Deus não tiver a ti a Ele não interessa a sua música. Se Deus não tiver o seu coração, a Ele não interessa o barulho da tua canção. Foi isso que Jesus disse a Nicodemos, se eu não tiver o teu coração e a tua vida, a mim, não interessam os teus elogios. 

O que ama verdadeiramente não precisa mais de um lugar para adorar. Não importa onde esteja, com quem esteja, pra onde estiver indo ou voltando porque o amor está dentro dele. 

 

Confira, na íntegra:

https://www.youtube.com/watch?v=edmLUsWYIbQ&list=PLgzp587mOb1mf-MaW-3Pc4PeitE7knHq9&index=2

Eugênio Jorge 

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