Entendendo melhor o salmo e a função do salmista

O que podemos aprender sobre o Salmo com a Instrução geral do Missal Romano e a Introdução ao Elenco das Leituras da Missa

Tomando como base essas duas fontes – Instrução geral do Missal Romano (IGRM) e o Elenco das Leituras da Missa –, podemos entender melhor a respeito do Salmo e da função do salmista na celebração litúrgica. A IGMR, ao tratar do lugar do Salmo na liturgia da Palavra, diz:

“À primeira leitura segue-se o Salmo Responsorial, que é a parte integrante da liturgia da Palavra, constituindo-se em grande importância litúrgica e pastoral, por favorecer a meditação da Palavra de Deus (IGMR 61).”

Verificamos, então, que o Salmo Responsorial é “parte integrante da liturgia da Palavra”; e que a sua “importância litúrgica e pastoral” é ajudar os fiéis na meditação da Palavra de Deus na assembleia.

Salmo - formação - destaque

A função do salmista na liturgia / Foto: Daniel Mafra

Sobre o serviço do salmista e suas funções específicas na celebração, o texto da IGMR afirma:

“Compete ao salmista proclamar o Salmo ou outro cântico bíblico colocado entre as leituras. Para bem exercer sua função, é necessário que o salmista saiba salmodiar e tenha boa pronúncia e dicção (IGMR 102).”

Também a introdução ao Elenco das Leituras da Missa fala a respeito do salmista:

“Para exercer essa função de salmista, é muito conveniente que, em cada comunidade eclesial, haja leigos dotados da arte de salmodiar e de uma boa pronúncia e dicção. O que se disse anteriormente sobre a formação dos leitores também se aplica aos salmistas (OLM 56).”

Podemos entender, então, que o salmo responsorial tenha função ritual, sua execução participa de um autêntico ministério litúrgico e requer atitude espiritual e orante, não deixando também de exigir técnica musical de quem o interpreta.

Sobre o lugar de onde deve ser proferido na liturgia, a IGMR diz:

“(…) Do ambão são proferidas somente as leituras, o Salmo Responsorial e o precônio pascal; também se podem proferir a homilia e as intenções da oração universal ou oração dos fiéis. A dignidade do ambão exige que a ele suba somente o ministro da palavra” (n. 309).

O Elenco das Leituras da Missa, ao falar do lugar da proclamação do Salmo, também específica:

“Dado que o ambão é o lugar de onde os ministros proclamam a Palavra de Deus, reserva-se, por sua natureza, às leituras, ao salmo responsorial e ao precônio pascal” (OLM 33).

“O Salmo Responsorial é cantado ou recitado por um salmista ou por um cantor, estando no ambão” (OLM 22).

Nao deixando dúvidas do lugar onde o salmista deve exercer sua função ministerial.

Por fim, dispõe o IGMR:

(…) Se o salmo não puder ser cantado, seja recitado do modo mais apto para favorecer a meditação da Palavra de Deus (n. 61).

 

Fontes:

Congregação para o culto divino e a disciplina dos sacramentos, Instrução Geral sobre o Missal Romano, in 3a Edição Típica do Missal Romano, 2002 (edição para o Brasil aprovada pela congregação em carta de 30 de julho de 2004). A seguir citada pelas iniciais IGMR.

Missal Romano, restaurado por Decreto do Concílio Ecumênico Vaticano II e promulgado pela autoridade do Papa Paulo VI, Ordo Lectionum Missae, Praenotanda, 2a ed. de 1981 (Edição para o Brasil: Elenco das Leituras da Missa, Introdução, in Lecionário Dominical, anos A, B e C). A seguir citada pelas iniciais OLM.

Ministérios Musicais na Celebração Litúrgica da Assembléia Dr. Pe. José Raimundo de Melo, SJ (ed.) Revista de Cultura Teológica – v. 15 – n. 61 – out/dez 2007

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