FORMAÇÃO

Existe renovação no seu ministério de música?

Servir na Missa envolve responsabilidade musical, pastoral e espiritual do ministério de música

Você toca na Missa e, constantemente, sente-se sobrecarregado com o compromisso? Afinal, se você não for, ninguém vai tocar ou o seu grupo, que é reduzido, sofrerá um desfalque impactante. Como resolver esse problema? Como ter um grupo que se renova com frequência e está sempre abrindo as portas para novos integrantes?

Existe renovação no seu ministerio

A primeira coisa a ser feita: olhar para o problema.

Tocar na Missa envolve responsabilidade musical, pastoral e espiritual. Portanto, todo coordenador de música é prudente quando procurado ao fim de uma Missa por alguém que está se colocando à disposição do ministério.

Por outro lado, aquele que se sente chamado (vocação) pode realmente não estar preparado para “pegar o bonde andando”. Como fazer? Criar processos e ciclos dentro do ministério de música, os quais possibilitem a presença de grupos de músicos em 3 etapas:
Formação
– Serviço
– Pastoreio

Formação

Sim! A rotina de um ministério de música não pode se resumir ao compromisso dominical, tampouco reduzir-se a um ensaio e ao serviço litúrgico semanal. É preciso mais, é preciso estar rotineiramente estudando e se formando.

Se você toca na Missa, mas, nos últimos seis meses, não leu nenhum livro sobre liturgia, sobre música ou seu instrumento, está caminhando de forma equivocada.

Dificuldades: geralmente, é aqui que as pessoas argumentam dizendo que “já não contamos com as pessoas para o ensaio, imagina para uma formação!”. Calma, analisemos algumas sugestões.

Dicas:
1 – Mobilize seu grupo
Não adianta marcar dia e hora para ensaiar e torcer para todos irem motivados. O ensaio começa antes: no desejo de ensaiar! Motive seu grupo! Grupos de WhatsApp!

2 – Seja criativo!
Utilize mensagens em texto ou imagens que remetam ao seu grupo dizendo: “Você não pode faltar esta semana!” ou “temos novidades neste próximo ensaio!”. Não lute por um compromisso não quantificado. Determine-se por motivar o grupo para aquela semana.

3 – Não fale de cima para baixo.
Lembre-se de que os trabalhadores da última hora receberam o mesmo salário que os da primeira hora (Mt 10,1-16). Fale como um companheiro, um irmão, alguém em quem se pode apoiar e por as mãos nos ombros. Como disse Santo Agostinho: “Na escola do Senhor, somos todos condiscípulos”.

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Serviço

Torne o serviço algo importante, alegre e leve. Se as pessoas não se sentem necessárias ou se não percebem a importância do que realizam naturalmente, elas se sentirão desmotivadas. Apresente e torne a prática do serviço na música litúrgica algo fundamental para cada um dos integrantes do grupo, sem o qual algo fica faltando para uma semana completa e uma vida bem vivida. Cultive a alegria, pois essa é a marca de um cristão!

“Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo” (Lc 1,28). Por último, torne leve o serviço. Erraram o andamento, a afinação, a harmonia, o ritmo? Calma, tudo isso se resolve. Chegaram atrasados, dispersaram-se durante a Missa ou esqueceram algo que havia sido combinado? Calma, tudo isso se resolve. Torne leve o serviço, jamais pontue o que aconteceu de errado no momento da celebração ou logo após. Deixe para o momento oportuno. Administre suas frustrações sem jogá-las no outro. Eu já fiz isso e não funciona. Após a Missa, converse, interesse-se por quem partilha o serviço com você. Marque um almoço, uma pizza, um momento de confraternização.

Pastoreio

Continue preparando os que já estão na caminhada. Somos todos peregrinos! Não importa o quanto já tenhamos percorrido. Cuide de quem já está lá há muito tempo. Lembre-se que todos nós temos a tendência de agir como o irmão mais velho da parábola do filho pródigo. Sentimo-nos, muitas vezes, preteridos e gostaríamos também de atenção e formação. Isso é maravilhoso na liturgia! Não cessamos nunca de aprender e aprofundar o conhecimento, pois ele nunca cessa de nos transformar e produzir novos frutos. Ajude aqueles que já estão no serviço há mais tempo, para que eles também possam ser formadores. Mesmo que não saibam tanto ou assim se sintam, ensinar é também uma forma especial de aprender. Como disse o escritor Guimarães Rosa: “Mestre não é quem sempre ensina mas quem, de repente, aprende”.

Dica final:
Organize um calendário. Comece com as metas que deseja atingir, pense nos caminhos que podem ser tomados para que se alcance estes objetivos e faça periodicamente uma avaliação sobre o andamento do processo. Esteja sempre em unidade com seu pároco, coma equipe de liturgia e a assembleia. Conte com as minhas orações!

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