O Kyrie, cantado como parte do ato penitencial, é o momento em que os fiéis aclamam a misericórdia do Senhor
Depois da saudação do povo, o sacerdote convida a assembleia ao ato penitencial, o qual, após uma breve pausa de silêncio, é feito por toda a comunidade com uma fórmula de confissão geral e termina com a absolvição do sacerdote. Lembrando que esta absolvição, porém, carece da eficácia do sacramento da penitência ministrado pelo sacerdote.
Em seguida, diz-se sempre: “o Senhor, tende piedade de nós (Kyrie, eleison)”, a não ser que este já tenha sido incluído no ato penitencial. Dado tratar-se de um canto em que os fiéis aclamam ao Senhor e imploram a Sua misericórdia, ele é normalmente executado por todos, em forma alternada entre o povo e a schola ou um cantor.
Cada uma das aclamações é proclamada normalmente duas vezes, o que não exclui, no entanto, um maior número, de acordo com a natureza de cada língua, da arte musical ou das circunstâncias. Quando o Kyrie é cantado como parte do ato penitencial, cada aclamação é precedida de um tropo.
A invocação “Kyrie, eleison” (cuja tradução para o português é: “Senhor, tende piedade”) tem origem grega. O Kyrie é o trecho final de uma ladainha adotada no decurso do século IV pela Liturgia romana, oriunda das Liturgias orientais. No Ocidente acrescentou-se o Christe, eleison.
Referências:
CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO. Missal Romano. 12 ed. São Paulo: Paulus, 1997.
REUS, JOÃO BATISTA. Curso de Liturgia. Petrópolis: Vozes, 1944.
GELINEAU, JOSEPH. Canto e Música no Culto Cristão. Petrópolis: Vozes, 1968.
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